Daqui uma semana, comemoraremos o “Dia Internacional da Criatividade”, data criada pela ONU, para estimular o avanço em direção as metas de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas (ODS).
As Nações Unidas entendem que a esta criatividade é uma habilidade humana que integra cultura regional, identidade local, arte, conhecimentos específicos de sociedades milenares e, ao mesmo tempo, um olhar para o futuro, para o novo, para o diferente e o inusitado.
Afinal de contas, a cada etapa vencida, novos desafios surgem, nos fazendo olhar para nossas referências (passado), em busca de soluções (futuro) para concretizar um bem viver o quanto antes (presente).
Eis a questão: para onde estamos canalizando nosso potencial criativo, para o EGO ou para o ECO? Nossas escolhas impactarão meia dúzia de pessoas (que sempre foram privilegiadas – EGO) ou realmente ajudarão transformar o mundo (pessoas que sempre viveram a margem – ECO)?
Aprendi o conceito Belíndia em Trancoso, sul da Bahia – na região da Costa do Descobrimento do Brasil. Esse conceito é um acrônimo que integra o nome de um país desenvolvido e rico (Bélgica) e outro pobre e em desenvolvimento (Índia).
Todo esse raciocínio foi feito porque tenho questionada a aplicação real da Psicologia Positiva que, por muitas vezes, vive entre esses dois universos.
– De um lado: propósito, missão, forças, parentalidade positiva, vida significativa, vida engajada, alta performance a partir da conexão com os talentos, etc.
– De outro: ONU, Metodologia FIB, Agenda 2030 (atualmente, 2,2 bilhões de pessoas no mundo não têm serviços de água potável gerenciados de forma segura; 4,2 bilhões de indivíduos não têm acesso a esgotamento sanitário seguro; as projeções são de que 8% da população ainda não terá energia elétrica daqui 10 anos).
Óbvio que as coisas não são excludentes, mas parece que, desde nosso descobrimento, vivemos nesse “fio da navalha”.
Não terá chegada a hora de virarmos esse jogo? Usarmos nossas raízes profundas para alimentar todas os galhos e folhas dessa imensa árvore chamada Brasil?
Não estaríamos apenas olhando para os troncos fortes da nossa sociedade, nos esquecendo dos galhos frágeis que estão ao nosso redor? Não estaríamos nos esquecendo que são essas folhas que nos alimentam?
No ecossistema, a “simples abelha” é tão importante quanto o “exuberante Leão”. Estaríamos direcionando nessa energia para todos os elos desta enorme cadeia?
As vezes, acho que não!
É mais confortável estar no “ar condicionado, no carpete e nos escritórios”, mas o mundo mudou! Até a New York Times fez uma matéria na semana passada puxando a orelha das celebridades (a cultura das celebridades está explodindo).
Para ser mais feliz, sejamos menos ego e mais eco.