Emily Esfahani Smith, no livro “O Poder do Sentido” apresenta um estudo de Ed Diener (Gallup) e Shigehiro Oishi (Universidade da Virgínia) que fala sobre a relação entre felicidade, sentido e suas variáveis (prosperidade, suicídio e outros fatores sociais).
Nesse estudo, eles descobrem uma tendência que mostra que a “falta de sentido na vida” está mais próxima aos casos de suicídio do que “ser ou não feliz”.
Segundo dados apresentados pelo Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, 4 em cada 10 americanos não descobriram um propósito de vida satisfatório e, quase ¼ da população dos EUA não tem uma forte noção do que dá sentido às suas vidas (aproximadamente, 100 milhões de pessoas).
Na mesma pesquisa, Oishi e Diener, percebem que os cidadãos de países mais ricos podem ser “mais felizes”, mas tem “menos sentido” na vida, diferente do que acontece em países pobres, como Serra Leoa, Togo ou Niger – mesmo pobres e com baixos índices de felicidade, eles tem altas taxas de sentido (mesmo que seja, o de acordar para encontrar comida para seus filhos).
“Quem conclui que não faz sentido, desiste, se não de uma vez por todas, por meio do suicídio, então de modo gradativo, cedendo diariamente ao desconsolo invasor do passar dos anos – cedendo, em outras palavras, à depressão, à fadiga e ao desespero”. (Emily Esfahani Smith, no livro “O Poder do Sentido”).
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Não sou profissional da saúde e, por isso, seria irresponsável da minha parte querer falar sobre distúrbios mentais – sempre recomendo o apoio e/ou tratamento de um profissional da saúde. Só que, como comunicólogo e estudioso de comportamento humano, posso fazer algumas relações entre: vida sem sentido e comportamentos de risco.
Minha ideia aqui é falar sobre o afrouxamento das “leis do isolamento voluntário”, da quarentena e outros comportamentos de risco, como por exemplo: beber e dirigir, sexo sem preservativo, etc.
Uma vida com propósito, sinto muito em decepcionar algumas pessoas, não tem a ver com uma vida fantástica, sem dramas e com rios de dinheiro. Uma vida com propósito, pode ser, uma vida simples, numa cidade pequena lá no interior do país!
O benefício de viver uma vida com propósito é que “tudo faz sentido”, até mesmo os perrengues, as dificuldades e tristezas – que fazem parte da vida de qualquer ser humano. Viver com propósito ajuda a gente encarar os percalços da quarentena, sem querer bancar o “espertão” .
Pense bem, reflita… talvez você leia esse texto ainda no auge da pandemia, talvez leia anos passados. E o que você aprendeu com tudo o que viveu? Como essas limitações ajudaram a forjar suas forças, sua resiliência e determinar seu sentido?
Faz sentido para você?